quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Indo a lugar nenhum por mais de 75.000 km

Macacada, estava pensando a respeito de algumas coisas que fazemos na vida, no caso, que outros fazem de suas vidas (sim meus caros,sou futriqueiro e cuido da vida alheia, falem o que quiser!).

Com um total combinado de 312 corridas, 14.839 voltas e 75.800 quilômetros percorridos, as equipes "nanicas" da Fórmula 1, Hispania, Marussia e Caterham até o momento não conseguiram nenhum ponto em suas empreitadas pela categoria máxima do esporte a motor.

A pergunta que faço aos leitores é: Vale a pena "torrar" milhões de dólares em projetos, funcionários a viagens a troco de nada? Afinal, exceto a Caterham, nenhuma das equipes menores da Fórmula 1 tem condições financeiras para ficar tanto tempo sem ganhar nada.

Antes do caro pimpão que lê esse palácio do automobilismo responder a pergunta desse velho e sábio escriba, darei algumas informações para que o nobre pacheco tome sua decisão.

A equipe Hispania iniciou seu projeto na Fórmula 1 em 2009 com o nome de Campos Meta, inicialmente, a grande tacada de Adrián Campos, ex-piloto da categoria máxima do esporte, era ter como um dos seu pilotos Bruno Senna, com o intuito de atrair investimentos, mas claramente a jogada não deu certo.

O fato é que muito antes da temporada de 2010 começar, ano de estréia do time,os aventureiros de Madrid já deviam alguns milhões de dólares a Dallara, que iria desenhar o chassi do bólido espanhol. Campos abandonou o projeto e a equipe foi repassada para a José Ramon Carabante, que batizou o time com o nome de Hispania.

A Hispania estreou no GP da Austrália de 2010 sem um quilômetro rodado, por questões financeiras o time não conseguiu construir o seu carro a tempo dos testes de inverno da F1.
O resto da história todos nós já sabemos, a equipe amarga as últimas posições do grid e sobrevive através da venda dos seu assentos para pilotos de qualidade duvidosa.

A próxima equipe que tratarei é a Marussia, que estreou na F1 no mesmo ano das outras duas amigas nanicas que já citei acima. Com o nome de Virgin Racing, a equipe que tinha como maior investidor Richard Brenson, dono da empresa que cujo o nome batizava a equipe, desenvolveu seu carro através de programas de computador, eliminando gastos com túnel de vento e testes.

Como sabemos, a tacada foi furada, era óbvio que se softwares fossem melhores, as gigantes da Fórmula 1 já estariam utilizando a mesma técnica que hoje é utilizada apenas como suporte, e não como base para a construção de um carro da categoria.

Richard, que após apoiar o vencedor projeto de Ross Brawn no ano ano anterior, decidiu montar seu próprio time "genérico", logo viu que pra vencer na F1, teria que torrar alguns milhões a mais e decidiu repassar a equipe para a Marussia. A antiga Virgin Racing está em um nível acima da Hispania, mas passa longe das posições intermediárias do grid.

Por último, falarei da Caterham, equipe malaia que iniciou seu projeto na F1 como Lotus,porém, uma briga com a equipe Renault, que também detinha o direito de utilizar o nome da lendária equipe de Colin Chapman, fez com que os amigos de Kuala Lumpur mudassem o nome do time.

A Caterham possui bastante dinheiro que vem da Air Asia, cujo o dono é Tony Fernandez, também proprietário da equipe de F1.

Apesar de ainda não ter pontuado,a equipe tem"batido na trave", os investimentos em seu projeto de corridas são consistentes e os resultados vem gradativamente melhorando.

O único ponto negativo, é que a equipe está no terceiro ano da categoria e até agora não marcou nenhum ponto, o que prova que o dinheiro gasto, não está sendo bem aproveitado!

Sinceramente, acredito que essas equipes estão na F1 apenas para preencher espaço no grid, Bernie Ecclestone com certeza ajuda as nanicas a se manterem na competição, pois é óbvio, que com mais carros o espetáculo agrega mais valor, enchendo os bolsos da FOM (Formula One Management).

E meus pimpões queridos, o que pensam sobre tudo isso???Agora é com vocês macacada!

Um comentário:

  1. Essa questão de equipes para encher o grid é histórica, sempre existiu isso na F1. Assim, como você disse, Bernie ganha mais.

    E elas se valem da competição entre si, a fim de faturar os milhões que são redistribuídos ao final de cada temporada, de acordo com a posição em que terminaram nos construtores.

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