quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Diário de um Torcedor: Sentirei sua falta Roddick

Roddick venceu o U.S Open de 2003, ano em que se sagrou melhor jogador do mundo
Oi meus queridos pachecos, o diário de hoje não revelará peripécias vividas por mim em um autódromo, igreja ou coisa que valha, vou falar de um lado quase que obscuro, desconhecido entre a maioria dos frequentadores desse Blog, uma parte da minha vida que não faço muita questão de falar, mas que vivi, e fui muito feliz enquanto estive envolvido nessa atividade, falo do Tennis.

Alguns irão perguntar, "Mas porque falar de tennis no dia em que Zanardi superou todos os limites impostos pelo acidente que lhe amputou as duas pernas, e venceu os jogos Paralímpicos?", a resposta é simples, Zanardi vai ganhar mais duas medalhas de ouro, vou falar muito desse incrível atleta, ex-piloto da F1 e da Indy, mas hoje dedico esse dia e esse espaço para o norte-americano Andrew Stephen Roddick.

Para os que não conhecem, Andy Roddick, como é conhecido no circuito profissional de tennis, foi por nove anos seguidos top 10 do mundo, também foi campeão do U.S Open e número 1 do Ranking da ATP em 2003.

Andy lutou mas não venceu Del Potro
Durante o início do torneio U.S Open desse ano que está sendo realizado em New York, Roddick anunciou que estaria disputando o último torneio de sua carreira.Conhecido por aniquilar seus adversário com incríveis saques acima dos 220km/h, o tenista alegava não conseguir mais competir em condições de igualdade com os novos talentos do tennis mundial.

Se compararmos Andy com Nadal, Federer e Djokovic  veremos que ele não chega perto dos astros atuais em números de títulos conquistados, mas foi número 1 do mundo e venceu um Grand Slam, coisa que muito poucos  atletas conseguiram realizar em suas carreiras.

O mais importante de tudo isso é que para mim Andrew foi o meu número 1 no meu mundo do tennis, vendo seus grandes saques e seu forehand avassalador, dediquei horas da minha vida em uma quadra, sem saber onde aquilo iria me levar, joguei torneios, ganhei alguns, perdi muitos, mas empolgado por meu ídolo nunca desistir de um único ponto, não desisti de me dedicar e melhorar meu jogo.

Dez anos após os primeiros treinos que fiz em uma quadra, percebi que não seria um tenista profissional, mas também percebi que eu era um bom tenista, capaz de ganhar de muita gente e ensinar outras tantas esse esporte maravilhoso. Durante os último 5 anos da minha vida, dei aula em muitos lugares, conheci muita gente e formei alguns atletas.Hoje me preparo para o vestibular de Medicina mas o tennis ainda me da o pouco dinheiro que eu preciso para fazer minhas atividades e por isso dedico esse espaço do meu blog automobilístico a um tenista,se não fosse Roddick na minha infância, talvez hoje eu não desse aulas de tennis, talvez fosse um advogado, um bancário, talvez até esse palácio automobilístico que lhes informa sobre o mundo da velocidade não existisse...

Hoje Roddick fez sua última partida como profissional, perdeu dignamente, ganhou um set de Juan Martin del Potro, top 10 do mundo, foi aplaudido,chorou,sorriu, mas não importa! Valeu por tudo Roddick!

Sentirei a sua falta!

2 comentários:

  1. Guto, suas crônicas estão cada dia melhor!Tenho certeza que poderá ser um grande médico, mas se optar pela profissionalização como escritor e/ou jornalista terá sucesso também. abraço!

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    1. Muito obrigado Leo,um elogio vindo justamente de você me deixa muito feliz! Abraço

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