segunda-feira, 23 de julho de 2012

Diário de um torcedor


Pachecos queridos, este escriba do automobilismo que vos fala , declara oficialmente inaugurada a sessão ‘’Diários de um torcedor” , que nada mais é do que uma parte desse blog que relembrará histórias por mim vividas nos autódromos, kartódromos, e outros lugares onde esse menino apaixonado por velocidade se aventurou desde 2000, quando pisou pela primeira vez em uma pista de corrida. (não tenho síndrome do Peter Pan, conheci uma linda manceba que beijou-me os lábios na balada porque pensou que eu tinha 19 anos, então pareço um menino apesar dos 25 pesados anos nas costas).
                         A caminhada de volta e o choro da Largada
Na foto Zé Carioca segura a bandeira de Brasília 
Foi na etapa de 2011 do GP Brasil de Fórmula 1 que conheci dois cabras de Brasília ,Marcelo e Zé Carioca (mas era brasiliense),os caras já haviam assistido corrida de Fórmula 1 até em Jacarepaguá (e olha que desde 1989 a F1 não passa pelas bandas do Cristo Redentor).
Marcelo tinha por volta de 37 anos e o Zé aproximadamente 55, fazer amizade com um pimpão que escreve blog e grava vídeos pro youtube tocando violão, foi fácil para a dupla do DF, e logo os distintos senhores me mostraram porque vale tanto a pena todo ano pegar aquela filinha quilométrica só para ver carros com motor de batedeira com defeito passar.
No primeiro dia do evento os meus novos amigos tomaram cerca de 15 latas de cerveja cada um , no segundo um pouco menos e no derradeiro dia da prova, tomaram logo 20 latinhas para aguentar o que talvez tenha sido a prova mais insossa da temporada.
Confesso que na minha vida já vi bêbado fazer de tudo, mas  Zé Carioca e Marcelo me mostraram que não existe limite quando se trata de beber, e muito.
Estava hospedado no apartamento do meu primo Toni, na Vila Olímpia, e os meus amigos do Lago Paranuá estavam no IBIS HOTEL em frente ao aeroporto de???(não lembro nunca o nome desses lugares) Mas o fato é que para chegar no aconchego de nossas moradas, deveríamos começar e terminar a aventura saindo do tal aeroporto.
No sábado eu perdi o ônibus oficial do evento pois resolvi acompanhar meus novos amigos até um bar próximo ao palco do glorioso espetáculo automobilístico .(antes que me perguntem, B.Senna, Kovalainem e outros ruinzinhos também fazem  parte do espetáculo pois a cada barbeiragem dos ceguetas a torcida vai ao delírio e acredito que eles estejam lá justamente para isso)
Diante do imprevisto, decidi fazer o percurso de 15Km até o aeroporto, através do maravilhoso transporte público da capital e meus caros cabras da peste, fizeram o mesmo trajeto à pé; em 4 horas eu chegava no destino final mas é a partir do momento em que entro no ônibus  que a história se torna interessante.
Logo nos primeiros metros de trânsito parado eu avistei meus amiguinhos entrando em um bar, o trânsito estava muito lento e pude ver que os brasilienses compraram duas geladas e seguiram seu caminho sem não antes me mandar uma banana pela janela.
O trânsito andou mais um pouco e ultrapassei os nômades, mandei um palavrão pela janela(achei que ia chegar rápido em casa) mas assim que o trânsito parou novamente próximo a um boteco, percebi que meus amigos se aproximavam, me viram  mas decidiram entrar no tal boteco e abastecer o tanque com mais um pouquinho de álcool.
Na saída do bar me mandaram mais um gesto bacana e foram embora felizes ,vi os pimpões mais um vez pelo caminho mas o trânsito logo me abençoou e perdi meus amigos de vista.
No dia seguinte, descobri  que meus colegas levaram um pouco mais de tempo do que eu para retornar ao seus aposentos, 7 horas, muito bem aproveitadas ao estilo Zeca Pagodinho! Nos encontramos às 3horas da manhã no portão do Setor G do circuito paulista e entramos na fila onde uma boa alma sorocabana nos reservou um lugar próximo à entrada! Algumas horas se passaram e meus amigos cantavam, se abraçavam e juravam amor por mim e por quase todos que nos acompanharam nessa saga.
Mas a parte mais interessante de tudo isso foi a reação dos bambinos do Distrito Federal assim que a largada foi dada. Mais de 20 corridas nas costas dos meninões que já se encontravam alcoolizados e quando olho para Zé Carioca e Marcelo ambos estão sentados, abraçados e acreditem se quiser,chorando! 

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